De acordo com a revista Veja, o 10º
Balanço do PAC 2, publicado em junho, determinou uma nova data de conclusão
para a refinaria Preimium I, no Maranhão. A obra que inicialmente seria
entregue em 2015, teve data adiada para 31 de janeiro de 2029, ou seja, um
adiamento de 14 anos.
Em 2010, a então candidata ao
governo do país, Dilma
Rousseff, foi ao Maranhão acompanhando o ex-presidente Lula para o
lançamento da pedra fundamental da Refinaria Premium I, sob a promessa de que
em 2015 a obra estaria concluída e gerando 200 mil empregos. No evento ainda
estavam presentes Roseana Sarney e
Edson Lobão que à época disputavam respectivamente o governo do estado e uma
vaga no senado.
Em abril deste ano, os
deputados federais Carlos Brandão (PSDB - MA) e Simplício Araújo (Solidariedade
– MA) buscaram a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) em busca
de esclarecimentos sobre a Refinaria Premium I. Os parlamentares tiveram
aprovado um requerimento que solicitava uma comissão externa para visitar e acompanhar
as obras da refinaria que estão localizadas em Bacabeira, a
60 km de São Luís, no Maranhão.
Após a visita, que aconteceu em 22 de
maio de 2014, foi constatado desperdício de recursos públicos. Para o deputado
Simplício a obra não tem viabilidade técnica. “Foi feita sem planejamento, o
que resultou nesse lamentável episódio”, afirmou o deputado.
REFINARIAM PREMIUM I
Com promessas de se tornar a maior
refinaria do país, a Premium I teria a produção voltada para combustíveis de
alta qualidade. Segundo a Petrobrás, em sua primeira fase, a refinaria teria
capacidade de processar 300 mil barris/dia. Depois de concluídas as obras, essa
capacidade duplicaria. No entanto, a construção foi paralisada pela presidente
da Petrobrás, Graça Foster, por falta de verba. Só para a terraplanagem da área
de instalação da refinaria foram gastos R$ 789 milhões a mais do que o previsto
- R$ 711 milhões. O valor aplicado até a paralisação dos trabalhos foi de R$
1,5 bilhão, ou seja, mais do que o dobro do previsto no contrato inicial entre
a estatal e o consórcio GSF (Queiroz Galvão, Serveng e Fidens).
Há alguns meses, em vésperas da
campanha eleitoral, os governos federal e estadual anunciaram que será iniciado
novo processo licitatório para recomeço das obras. Informações que não condizem
com o relatório apresentado pelo balanço do PAC 2, que prevê 14 anos para
finalização das obras da refinaria Premium I.
Para o deputado
Carlos Brandão as obras têm sido usadas como estratégia política. “O que vemos
é um caso de estelionato eleitoral, candidatos que usam de forma explícita uma
obra pública para fins pessoais. Além disso, ainda existem denúncias de
superfaturamento e desvio de verba. E todo esse choque de informações só nos
leva a crer que as denúncias são verdadeiras”. Argumenta o deputado Carlos
Brandão

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