sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

CODOENSE É MOSTRADO NO JORNAL NACIONAL EM REPORTAGEM SOBRE A FOME NO BRASIL

O codoense Silvan dos Santos, de 30 anos de idade, abriu a reportagem de Mônica Teixeira (Globo Rio) na noite de ontem (18) no JORNAL NACIONAL sobre Segurança Alimentar. A pauta mostrou dados do IBGE sobre brasileiros que ainda enfrentam a fome.
Silvan foi visitado pela equipe da TV Mirante Codó, na rua Nossa Senhora dos Milagres, bairro Codó Novo, na última terça-feira (16). Muito simpático, deixou nossa equipe mostrar sua situação que não é das melhores e vai muito além do que apareceu em rede nacional.
Silvan sustentava a família de cinco filhos (4 meninas) e esposa vendendo lanches numa bicicleta pelas ruas de Codó, mas está acometido de uma úlcera no estômago que levou sua saúde e o tirou das ruas há bastante tempo.
O que ele disse no Jornal Nacional, próximo ao fogareiro da casa, procede. As vezes ele e a esposa deixam de comer para que os filhos não fiquem sem a alimentação conseguida, hoje, na maioria das vezes, dada por parentes.
“Tem dia que eu não almoço, mas eu janto porque eu tenho que dá pra eles….ENTÃO NO ALMOÇO, AS VEZES O SENHOR NÃO COME? Não como…PRA QUÊ? Pra poder dar pros meus filhos”, contou
RENDA FIXA
Na casa só entra o dinheiro do Bolsa Família de três filhas cadastradas.
“PRA ALIMENTAR TANTA GENTE QUANDO DE RENDA FIXA ENTRA AQUI NA SUA CASA? Entra 162 reais…SÓ ISSO? Só isso…PRA PIORAR, O SENHOR NÃO TÁ PODENDO TRABALHAR? Não tô podendo trabalhar por causa de um problema que deu no estômago e eu já tô há dois meses sem poder trabalhar”, respondeu ao jornalista Acélio Trindade e ao repórter cinematográfico Cândido Sousa
A FOME EXISTE EM CODÓ
Antes de filmarmos na casa de Silvan, batemos em várias outras portas em cima do morro do bairro Nova Jerusalém e ao obtermos permissão entramos até a cozinha de duas outras famílias com fogareiros apagados e dispensa vazia (apesar de nos receberem, estas não aceitaram gravar por razões pessoais, que, claro, respeitamos).
Isso significa dizer que muitos codoenses continuam em situação de INSEGURANÇA ALIMENTAR.
Uma refeição  por dia ou tomando apenas o café sem qualquer mistura (por onde passamos chamado de ‘café escoteiro’).
Acélio Trindade.


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