O codoense Silvan dos
Santos, de 30 anos de idade, abriu a reportagem de Mônica Teixeira (Globo Rio)
na noite de ontem (18) no JORNAL NACIONAL sobre Segurança Alimentar. A pauta
mostrou dados do IBGE sobre brasileiros que ainda enfrentam a fome.
Silvan
foi visitado pela equipe da TV Mirante Codó, na rua Nossa Senhora dos Milagres,
bairro Codó Novo, na última terça-feira (16). Muito simpático, deixou nossa
equipe mostrar sua situação que não é das melhores e vai muito além do que
apareceu em rede nacional.
Silvan
sustentava a família de cinco filhos (4 meninas) e esposa vendendo lanches numa
bicicleta pelas ruas de Codó, mas está acometido de uma úlcera no estômago que
levou sua saúde e o tirou das ruas há bastante tempo.
O
que ele disse no Jornal Nacional, próximo ao fogareiro da casa, procede. As
vezes ele e a esposa deixam de comer para que os filhos não fiquem sem a
alimentação conseguida, hoje, na maioria das vezes, dada por parentes.
“Tem
dia que eu não almoço, mas eu janto porque eu tenho que dá pra eles….ENTÃO NO
ALMOÇO, AS VEZES O SENHOR NÃO COME? Não como…PRA QUÊ? Pra poder dar pros meus
filhos”, contou
RENDA
FIXA
Na
casa só entra o dinheiro do Bolsa Família de três filhas cadastradas.
“PRA
ALIMENTAR TANTA GENTE QUANDO DE RENDA FIXA ENTRA AQUI NA SUA CASA? Entra 162
reais…SÓ ISSO? Só isso…PRA PIORAR, O SENHOR NÃO TÁ PODENDO TRABALHAR? Não tô
podendo trabalhar por causa de um problema que deu no estômago e eu já tô há
dois meses sem poder trabalhar”, respondeu ao jornalista Acélio Trindade e ao
repórter cinematográfico Cândido Sousa
A
FOME EXISTE EM CODÓ
Antes
de filmarmos na casa de Silvan, batemos em várias outras portas em cima do
morro do bairro Nova Jerusalém e ao obtermos permissão entramos até a cozinha
de duas outras famílias com fogareiros apagados e dispensa vazia (apesar de nos
receberem, estas não aceitaram gravar por razões pessoais, que, claro,
respeitamos).
Isso
significa dizer que muitos codoenses continuam em situação de INSEGURANÇA
ALIMENTAR.
Uma
refeição por dia ou tomando apenas o café sem qualquer mistura (por onde
passamos chamado de ‘café escoteiro’).
Acélio
Trindade.
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