A semana fechou com a governadora Roseana Sarney (PMDB) sem bater
martelo oficialmente a respeito do seu próximo passo político. Nos últimos
dias, todas as evidências indicaram que ela está mesmo inclinada a cumprir o
seu mandato até o último dia, abrindo mão de uma candidatura – que quase todos
os observadores da cena política avaliam que sairia das urnas vitoriosa – ao
Senado.
Dois fatos, no entanto, motivaram a governadora a refletir sobre a
possibilidade de se desincompatibilizar no dia 5 de abril. O primeiro aconteceu
quinta-feira em Imperatriz, durante a inauguração da fábrica da Suzano, onde a presidente
Dilma Rousseff elogiou as realizações do Governo do Maranhão e destacou o
trabalho da governadora.
A presidente disse não imaginar que Roseana estivesse mesmo decidida a
permanecer no cargo até o fim e não disputar a cadeira no Senado. Dilma assinalou
que a governadora do Maranhão é uma política experiente e respeitada e poderá
dar uma grande contribuição ao próximo governo da República. Apostando na sua
reeleição, a presidente disse que Roseana a ajudará muito no Senado. A
governadora ficou satisfeita com as declarações da presidente, mas manteve
silêncio sobre o assunto – pelo menos publicamente.
Na terça-feira, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, numa
iniciativa própria, conversou por cerca de mais de duas horas com o presidente
da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB). Saiu da conversa
levando a certeza de que existem condições políticas para que a governadora
saia e deixe Luis Fernando Silva como governador indireto.
Um interlocutor relatou-lhe o episódio, mas ela teria reagido afirmando
taxativamente que sua decisão de permanecer no cargo está tomada. De fato,
todas as conversas ouvidas pela coluna nos últimos dias confirmam a tendência
da governadora permanecer no cargo até o fim do mandato.
Mas em política nenhuma decisão – principalmente uma desse porte – é
considerada definitiva antes do final do prazo. A prudência recomenda que o
melhor caminho é aguardar.
Coluna Estado Maior/ O Estado
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