Uma jovem de 13 anos, moradora do bairro Pacoval, na Zona
Norte de Macapá, diz que ainda tenta esquecer o que viveu na madrugada de 7 de
fevereiro de 2014. Nesse dia, ela foi
estuprada por quatro homens e esfaqueada ao menos 16 vezes, em uma
área de ponte no bairro onde mora. Os homens chegaram a introduzir um cabo de
vassoura na genitália da vítima, arrastando-a até o quintal de uma casa. Se
fingindo de morta, a jovem conta que esperou alguns minutos até conseguir
chamar a atenção de um morador e pedir socorro.
Depois
de ficar internada por duas semanas no Hospital de Emergências (HE) da capital,
a adolescente voltou para casa e acredita que 'foi um milagre' a própria
sobrevivência. "Eu ainda choro quando lembro do que aconteceu, e penso que
foi um milagre não ter morrido com tudo isso. Agora, eu só quero
esquecer", resumiu a menina, ainda muito abalada com o caso.
De
acordo com a Polícia Civil, dos quatro suspeitos de terem cometido o crime -
entre eles um menor de idade - três estão detidos e um segue foragido. Os adultos devem ser
responsabilizados por estupro e tentativa de homicídio, e o adolescente vai
responder por ato infracional.
O
quarteto teria estuprado e esfaqueado a menina por 16 vezes, conforme apontou o
inquérito policial, que já foi encaminhado ao Ministério Público do Estado do
Amapá (MP/AP). Um cabo de vassoura ainda foi deixado pelos homens na genitália
da garota, provocando uma lesão no útero dela. A menina teve que fazer no mesmo dia do crime uma
cirurgia reparadora na região lesionada.
Os
momentos de terror em que jovem passou não saem da memória dela, algo que a
deixa emocionada quando relembra do que aconteceu.
"Eu
lembro deles me dando facadas, e depois me arrastando para trás de uma casa.
Eles só pararam quando eu me fingi de morta. Nesse momento, todos fugiram e eu
consegui pedir ajuda ao dono do local onde me largaram", relatou a
adolescente.
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Menina mostra marcas das facadas levadas pelo corpo (Foto: Abinoan Santiago/G1) |
A
menina contou que nunca havia visto nenhum dos quatro suspeitos. Ela os
conheceu somente na noite do crime, quando aceitou o convite de duas amigas
para ir a uma casa no mesmo bairro, onde aconteceria uma festa. Na ocasião, a
vítima se recusou a ingerir bebida alcoólica, o que teria provocado a raiva dos
suspeitos.
"Me
forçaram a beber, mas eu não quis. Acho que foi por causa disso que eles
fizeram essas 'coisas' comigo", falou a jovem.
Fonte
: G1
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