Foi aprovado esta
semana, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, um requerimento que
solicita a presença do Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES, Luciano Coutinho, para prestar esclarecimentos
sobre a concessão de empréstimo para reformas do Porto de Mariel, em Cuba.
Feito noticiado pela imprensa em 27 de janeiro deste ano, quando a presidente
Dilma Rousseff foi a Cuba para inauguração do Porto.
“Enquanto faltam
recursos para as obras de mobilidade urbana ou crédito para os pequenos
empresários, o BNDES libera verbas milionárias para reformas em porto cubano”.
Justifica o deputado federal e presidente do PSDB no Maranhão, Carlos Brandão,
autor do requerimento.
De acordo com a
imprensa brasileira, o custo da obra
foi de cerca de R$ 2 bilhões (US$ 802 milhões). Fruto de um acordo entre o governo brasileiro e os
irmãos Castro, a reforma iniciada no quarto trimestre de 2010 foi concluída
pela Odebrecht Infraestrutura - América Latina, em sociedade com a Quality,
companhia vinculada do Governo de Cuba.
Com as obras
realizadas, o Porto, que fica a 50 km da capital cubana, Havana, ganhou um
Terminal Internacional de Contêineres, dragagem do Canal de Entrada e da Bacia
de Manobras. A revitalização incluiu a construção de 700 metros de cais para o
Terminal de Contêineres, um centro de carga, pátios, redes de abastecimento de
água e tratamento de resíduos e toda a infraestrutura para o fornecimento de
energia elétrica.
Para melhorar a
estrutura logística destinada ao Porto foram ainda construídos 11 km de
estradas e linhas ferroviárias de conexão. A presidente ainda anunciou que o BNDES colocará mais dinheiro em
Cuba. Serão mais R$ 700 milhões (US$ 290 milhões) para a instalação de uma zona
econômica especial nas proximidades do porto de Mariel. Do valor, 85% virão de
crédito do BNDES e apenas os 15% restantes serão contrapartida do governo
cubano.
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